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Chef transforma doação de marmitas em projeto social que capacita moradores de rua

Pão do Povo de Rua


Pão do Povo da Rua alimenta mil pessoas por dia nas ruas de São Paulo. Faturamento vem principalmente de serviço de catering criado pela ONG, que emprega 16 pessoas que saíram das ruas

Uma ação de combate à fome criada em 2020 virou um projeto social de acolhimento, recuperação, capacitação e serviço de buffet. Essa é a história do Pão do Povo da Rua, criada pelo professor de gastronomia Ricardo Frugoli. A princípio, ele oferecia marmitas a moradores de rua. Com o tempo, o projeto cresceu e ele passou a capacitar e empregar os ex-atendidos.

No começo da pandemia, Frugoli percebeu o aumento no número de pessoas revirando o lixo para buscar comida na rua em que mora, no centro de São Paulo. Ele, que já fazia ações sociais esporádicas, foi questionado por um aluno que é seu vizinho sobre o momento.

“Meu aluno me perguntou: ‘E aí, você não vai fazer nada?’. E no primeiro momento, pensei que não, porque eu sou do grupo de risco da covid-19. Mas a pergunta ecoou por uns três dias na minha cabeça”, conta. Então, ele foi às redes sociais pedir doações de alimentos e chamar voluntários para criar uma ação social de distribuição de marmitas.

O projeto começou com Frugoli e seu marido cozinhando, e com os amigos e alunos buscando as marmitas para fazer a distribuição. “Meses depois, com 20 mil refeições distribuídas de casa, surgiu uma ligação de um colega professor me doando freezer, forno e aparelho de selar plástico. Ele estava fechando sua padaria. Eu aceitei, pensando em guardar para um futuro projeto de gastronomia social na faculdade. Mas, em seguida, tive a ideia de usar para fazer pães e ajudar mais as pessoas na rua.”

Sem a expertise de panificação, Frugoli entrou em contato com uma amiga padeira para desenvolver um pão macio, nutritivo e saboroso, pensando nas dificuldades que moradores de rua enfrentam para se alimentar. “Assim surgiu o Pão do Povo da Rua. Alimentamos de 1 mil a 1,2 mil pessoas por dia. De dia, oferecemos pão e chocolate quente, e, à noite, pão e sopa”, conta Frugoli. A ONG funciona em um galpão na região da Luz, em São Paulo, mas a distribuição é itinerante, em sete pontos da capital paulista.

A ONG atualmente dá abrigo, capacitação e apoio psiquiátrico aos aprendizes. Ao todo, há
22 pessoas trabalhando no projeto nas áreas de gastronomia, assistência social, administração e finanças.

Pão do Povo da Rua: Ricardo Frugoli (fundador), Victoria Vale (chefe da produção de eventos) e Ricardo Mendes (administrador, ex-atendido pelo projeto) (Foto: Divulgação/Pão do Povo da Rua)

Pão do Povo da Rua é serviço de catering
O projeto se mantém com um apoio de R$ 20 mil mensais de uma empresa suíça, doações da sociedade civil e o serviço de catering, em que a ONG é contratada para realizar todo tipo de evento. “Fazemos cafés da manhã, almoços ou jantares, tudo com foco na culinária brasileira, que é minha especialidade e também pela importância da valorização do patrimônio imaterial nacional”, diz Ricardo Frugoli.

A meta é que as despesas da ONG, que giram em torno de R$ 100 mil mensais, sejam cada vez mais supridas pelo serviço de catering do Pão do Povo da Rua. “Nos últimos dois meses, temos conseguido aumentar nosso faturamento com os eventos”, diz Frugoli.

Alguns dos eventos produzidos que ele destaca foram a celebração de um ano da reabertura do Museu da Língua Portuguesa, uma reunião promovida pela Unesco, encontros de vizinhos, e eventos de associações médicas.

“Um dos diferenciais é a alegria dos convidados dos eventos ao perceber por quem estão sendo atendidos. Quando eles olham para o pessoal e sabem que eles estavam em outra situação, mas agora estão ali, sendo respeitados, trabalhando, há uma grande satisfação”, conta o fundador.

Além dos serviços, Frugoli agora planeja a expansão do negócio para aplicativos de delivery de produtos próprios, como pães e biscoitos. “A expectativa é que em duas semanas estejamos operando em um app de entregas”, diz. “E, no futuro, espero não capacitar 20 pessoas por ano, número atual, e sim, 20 pessoas por mês.”

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